Depois de algumas horas, deixei o hotel e resolvi ir até a Université de Montréal para conhecer um pouco mais do local e da cidade em si. O dia estava bem quente, abafado (em torno de uns 34° C, mas com sensação térmica ainda maior devido à alta umidade do ar), mas ainda assim saí de calça jeans, pois não sabia como o tempo poderia mudar aqui.
Desta forma, andei até a estação de metrô Berri-UQàM e segui até a universidade. Chegando lá, subi uma rua na forma de uma rampa de acesso até o alto da colina onde ela ficava, debaixo de um sol escaldante. De certa forma, encontrei facilmente a entrada principal da École Polytechnique.
Depois de algumas voltas por dentro e fora da escola politécnica (que me deixou impressionado com tamanha organização, limpeza e ordem), fui andar pelo bairro e arredores da famosa Boulevard Édouard-Montpetit. Ao observar as ruas, o trânsito, as pessoas e casas, enfim, o ambiente como um todo, pude notar algumas características daqui e ter as primeiras reais impressões:
- Nas ruas, os motoristas tem extremo zelo pelos pedestres e os esperam terminar sua travessia pela rua (conquanto que o sinal para pedestres esteja verde); às vezes, há um excesso de sinalização nas ruas, conforme pode-se perceber na foto;
- Uma impaciência no trânsito foi notada: se um carro demora uns 3 segundos para começar a andar a partir de um sinal verde, o carro de trás já logo buzina;
- As pessoas daqui, sejam nativas ou de origem estrangeira, são prestativas e receptivas;
- Em ambientes públicos, como metrô e universidade, é praticamente impossível de se encontrar um bebedouro (na verdade, até hoje encontrei apenas 3, depois de tanto andar: todos os 3 espalhados pela École Polytechnique Montréal). Em contrapartida, ao se sentar em um restaurante ou lanchonete e fazer o pedido, a primeira coisa que um garçom faz é servir um grande copo d’água bem gelada, com direito até a gelo (e gratuitamente!);
- Também em ambientes públicos o cuidado e preocupação com a higiene é intenso, e quase todos oferecem dispensadores de higienizador (como aqueles encontrados em banheiros de shoppings, só que sem o sabonete líquido), com uma espuma ou gel para se aplicar nas mãos e esfregar.
- Outra coisa relacionada com a moradia: aqui, os imóveis são classificados em números. Por exemplo, há apartamentos 1 ½, 2 ½, 3 ½, 4 ½, 5 ½, 6 ½ e assim por diante. Isto quer dizer que o apartamento pode ser apenas quarto e banheiro (1 ½), quarto + cozinha + banheiro (2 ½), quarto + cozinha + sala + banheiro (3 ½, a tradicional "kitnet" no Brasil), e por aí vai.
Além disso, a quantidade de carros inéditos no Brasil circulando pelas ruas é incrível, bem como os carros de luxo: aqui é extremamente comum se ver nas ruas Mercedes, BMWs, Audis, Mustangs, Pontiacs, Porsches... até Dodge Viper eu já vi!
E mais: nos jardins gramados das frentes das casas, ao invés de cães ou gatos é comum encontrar-se esquilos andando de um lado a outro, carregando alguma fruta. Nem nas árvores é comum de se ver pardais, bem-te-vis, sabiás ou outras árvores que vemos comumente no Brasil. Ao invés disso, tem andorinhas e corvos (estes fazem um barulho exatamente iguais aos de filme de terror, sempre dentro de um cemitério mal-assombrado).
No fim do dia, passei pelo centro da cidade para comer, proximo à estacão McGill e depois de uma certa andada resolvi comer em um lugar que seria certeiro, não haveria surpresas: o Burger King...
A seguir, uma série de fotos de Côte-des-Neiges Northeast, onde fica a Université de Montréal e a École Polytechnique Montréal:
As próximas são no centro da cidade, que mostram apenas alguns dos inúmeros pontos turísticos:
Esta igreja está localizada em cima da Estação de Metrô McGill. Quando foi construída, as escavações do metrô foram realizadas sem que a igreja tivesse que ser demolida ou que mesmo sofresse algum tipo de abalo estrutural. Ao realizarem a obra, a igreja ficou sustentada acima do túnel do metrô através de estacas e plataformas. Fotos ainda por vir!