No começo de sexta-feira, levantamos e pegamos nossas coisas para voltarmos ao "centro" de Montréal. Como minha camisa ainda estava molhada por causa da piscina (e assim continuou, pois mesmo colocando-a na secadora, não ficou completamente seca) precisei usar a "camisa" que eu havia pedido a Paula na noite anterior. Bem, ela veio com uma camisa do Corinthians e assim tive que usar, por não ter nenhuma outra opção. Ou era esse trapo ou passar frio... Como não podia escolher uma do Flamengo, topei.

Saímos da casa e não havia mais ninguém, todos já haviam saído, ou no mínimo, estavam dormindo em silêncio. Tivemos então de voltar andando até Fairville para pegar o ônibus até Montréal novamente, numa caminhada de uns 25 min. Depois de conseguir pegar o ônibus (com direito a ter que correr por um trecho para não perdê-lo, pois já estava vindo), chegamos à Côte-Vertu, pegamos o metrô e cada um foi para seu canto. Para mim, foi apenas o tempo de chegar no hotel, pegar minhas coisas e ir para a universidade, assistir parte das orientações aos alunos ingressantes.

Porém, depois de chegar, como eu não estava pagando diárias com um pacote fechado (como pagar 3 diárias no ato, com desconto), meu quarto já havia sido reservado para outro hóspede e tive que me realocar para outro quarto, no andar abaixo. Ou seja, lá fui eu ter que juntar tudo na pressa, com fome, e mudar para outro quarto. Voltando para a recepção, encontrei uma moça que perguntou se eu era brasileiro, já que viu o brasão do Corinthians na camisa. Eu disse que sim e a reconheci: era a mesma moça que estava comigo na UNICAMP quando entreguei meus documentos para o Visto canadense. Ela estava com o mesmo problema que eu — ela tinha apenas fotos 3x4, sendo que o Consulado agora requer fotos 3x5 (apesar do site ainda dizer que pode ser 3x4...). Pensei: "que mundo pequeno; ela tirou o visto junto comigo na UNICAMP e veio parar num quarto ao lado do meu em Montréal!". Então, a Giovana perguntou onde tinha um bom lugar para almoçar e resolvemos ir até um restaurante próximo, o Da Giovanni, onde comi um delicioso Spaghetti. Ela explicou que estava aqui por um Congresso que seria realizado no fim de semana e havia acabado de chegar na cidade.

Bom, depois do almoço voltamos para o hotel, eu olhei mais alguns dados de quartos a alugar e enfim fui para a universidade, assistir às palestras de orientação. Chegando lá, entrei e a sala estava cheia, com os 98% de alunos intercambistas franceses. Entendi a maioria das coisas que as palestrantes diziam, mas não tudo. Nos momentos das piadinhas, eu nem sabia por que o resto da turma estava rindo. É desconcertante! Hehehe! No fim da sessão de orientação, dei mais algumas voltas pelo bairro e fui para o hotel. Depois de fazer algumas coisas, precisei ir comer, já quase meia-noite. Como já conhecia um pouco do comércio local, fui ao único local que sabia que estaria aberto: o McDonald's. Pois é, mesmo para um cara como eu que odeia a comida e preço de lá, tive que abrir uma exceção ou ficaria com fome...