Bom, depois de descobrir que não teria mais aula, resolvi ir para casa para poder começar a ajeitar as minhas coisas lá, fazer uma compra, coisa do tipo. Pelo caminho, aproveitei para comer um Spaghetti no Nickel's e deixar espirrar molho de tomate na camisa de dormir... Também durante o almoço fiquei observando as abelhas que tinham por ali (já que almocei do lado de fora do restaurante e do lado oposto da rua havia uma quitanda). Elas são umas 2 vezes maiores que as do Brasil e tem o corpo pintado como se vê nos desenhos: listras amarelas e pretas.

Close de uma abelha nativa daqui do pedaço.

Ao terminar o rango, fui para casa pela Chemin Queen-Mary e passei pelo Oratoire Saint-Joseph: uma espécie de enorme Basílica centenária no alto de uma colina, que permite ter uma vista plena de quase toda Montréal, além do Notre-Dame College em frente. O oratório foi construído no início do século passado como uma capela de fiéis, com as missas dadas pelo irmão André. O que também chama a atenção no lugar é a dimensão do órgão da igreja.

Close de uma abelha nativa daqui do pedaço.
Frente do oratório.
Estátuas da frente do oratório.
O Oratório Saint-Joseph...
... de perto...
... e ainda mais perto!
O Colégio Notre-Dame...
... visto do oratório.
O interior da cúpula.
O órgão que há...
... acima da entrada da cúpula.
O altar.
A capela do irmão André.
A parte inferior da capela...
... e a superior, onde vivia o irmão André.
Vista do oratório saindo da capela.
Outro ângulo.
Vista de Montréal...
... do alto do oratório.
Pelo menos em uma eu tinha que sair!
Aqui consegui captar uma missa que ocorria na hora, antes de um dooooooos truculentos seguranças me pedir educadamente para não tirar fotos, pois era proibido.

Depois de sair do oratório, resolvi comprar algumas coisas para casa (já que até então eu não havia comprado nada) em um mercado próximo. Ao ver os preços dos produtos (principalmente laticínios/queijos), fiquei espantando com o alto preço. Aqui até carne bovina ou frango é mais barato até do que presunto! Os famosos cookies também são produtos comuns e tradicionais, portanto, relativamente baratos. À noite, ao comer, conversei um pouco mais com o Damien e sua namorada, que estavam preparando seu jantar, e, posteriormente, com Cristophe, o outro morador.

Um detalhe importante nas trapalhadas foi: antes de jantar, eu havia voltado do mercado e tinha comprado sabão para lavar roupa (que aqui é líquido, diferentemente do sabão em pó no Brasil). Coloquei finalmente minhas roupas para lavar (pois não tinha mais nenhuma, nem para remédio) e, depois de terminada a lavagem, resolvi estender no varal (aqui tem máquina de lavar e secadora, mas são muuuuito antigas; entretanto, resolvi estender a roupa para que não ficassem tão amarrotadas ao saírem da secadora). Quando as roupas secaram, fui sentir o cheiro delas para ver se estavam com um pouco da essência do sabão. Estranhei, pois não tinham cheiro algum. Foi quando percebi, que tinha colocado as roupas para lavar e não tinha colocado sabão na máquina...

A nova casa à noite.

Hoje foi o primeiro dia que dormi na nova moradia, encontrada depois de muito custo (depois de bancar o andarilho, ficar com calo e bolhas nos pés, telefonar muito, mandar N e-mails). Entretanto, apenas irei dormir no meu quarto a partir de 1º de setembro (que é quando o antigo morador sai). Pois é. Por enquanto, para aliviar minhas diárias sucessivas no hotel, a dona do lugar concordou que eu dormisse na sala. E ainda tem um detalhe: estou tendo que usar como travesseiro uma blusa e uma pilha de roupa suja minha, cobertas com uma fronha que (ainda bem) trouxe. Se estivesse me cobrindo com um jornal e usando uma camisa do Corinthians, ficaria bem parecido com um mendigo em banco de praça!!! Maaas, pelo menos não estou mais pagando os 50 e poucos dólares de diária.

Ah! E hoje também foi o 1º dia das aulas na Poly. Como sempre, foi muito penoso, mas com muita coragem eu nem chorei! Acordei cedo, já desanimado (pois o tempo estava nublado e ventando muito por aqui), tomei banho, olhei o horário na Web e saí de casa para pegar o metrô, junto com Damien, um francês maneiro do quarto ao lado. Para também começar bem o dia, eu estive até agora sem conseguir lavar minhas roupas, então a única camisa limpa que me sobrou é uma camisa de dormir, com a qual fui para a universidade... fazer o quê, né?

Como não podia faltar uma trapalhada, chegando na universidade eu me dirigi até a sala onde seria a aula (um laboratório, na verdade), já estranhando a falta de pessoas pelo caminho. Cheguei até um ponto onde era necessário o cartão do aluno (que eu ainda não tenho). Em poucos instantes, passou alguém que abriu a porta com o próprio cartão e eu aproveitei para entrar "no vácuo". Quando cheguei no lab., estranhei, pois estava vazio (eram 8h20 e a aula seria 8h30). Entrei, dei uma olhada e um aluno que estava lá percebeu que eu estava um pouco "perdido" e acabou explicando que hoje não teria essa aula... ou seja, manhã perdida para mim!

Agora, estou num lab. de informática revendo minhas matérias, horários e selecionando algumas para cancelar inscrição, pois tomam uma boa parte do meu tempo e são equivalente a matérias que já cursei na UNICAMP.