Hoje, ao ir para a aula de Eletrônica de Potência na Poly, durante o intervalo resolvi assinar a lista de presença. Um dos alunos que estava ao meu lado quando assinei a lista perguntou: "você é brasileiro?" em português. Eu respondi que sim! E ele perguntou: "o teu nome é André Luís Moraes dos Santos?", e evidentemente respondi que sim também. Então ele se apresentou, disse que mora aqui com a esposa há 2 anos e está fazendo algumas matérias da Eng. Elétrica da Poly para validar o seu diploma, e chama-se também André Luiz M. Santos!!!! Incrível! Eu não acreditei: Montréal, Canadá, e na mesma turma que eu estou, descobri por coincidência (foi por acaso que ele estivesse ali naquela hora) que o cara tem o mesmo nome que eu!!! É claro, o dele é LuiZ e o "M." é de "Medeiros". Mas que mundo pequeno esse!!! E para completar, começamos a conversar sobre o professor, que tem o nome de Luiz C. M. Lopes, que parece ser brasileiro ou chileno, algo do tipo. Instantes depois, o professor entra na sala e nos ouve conversando, perto de sua mesa, em português e nos pergunta se somos brasileiros também! Caramba!

O prof. contou que se formou em Belém/PA, fez mestrado em Florianópolis/SC e doutorado aqui na McGill, e que por fim acabou ficando aqui, pois gostou da cidade e do país. Foi realmente um dia espantoso hoje!

Saindo da Poly, fui até um centro comercial na Chemin de la Côte-des-Neiges, no Zeller's, para dar uma olhada nos preços. Chegando lá, passei por diversas lojas com promoções de roupas. Uma me chamou a atenção, pois vendia camisetas (de boa malha) por 1,99 $! Só não comprei por ter achado poucas de tamanho M (a maioria era G, GG ou até mesmo GGG). Entretanto, parece-me que o M deles aqui é um pouco maior do que aquele que temos no Brasil. Apesar de que há também nas lojas brasileiras fôrmas diferentes para o mesmo tamanho...

Em casa, comecei a ajeitar as minhas coisas no quarto e, durante umas indas e vindas até a sala, flagrei um esquilo brincando pela árvore e resolvi tirar algumas fotos e fazer algumas filmagens...

O esquilo no jardim da frente.
2009-08-31 - v01 - Esquilo - 1
2009-08-31 - v02 - Esquilo - 2
2009-08-31 - v03 - Esquilo - 3

Bom, o domingo hoje foi mais o menos o mesmo: fiquei basicamente em casa, fazendo minhas coisas. No almoço, fui até a Chemin de Queen-Mary para almoçar. Entrei em um restaurante de turco-libaneses, pedi um Spaghetti (é, é o único prato dos que vejo que é barato, gostoso e sem muita chance de errar no sabor) e depois que paguei o dono informou que a massa não tinha sido feita. Peguei meu dinheiro de volta e fui procurar outro lugar. Para não ter que comer sanduíche, fui num "bistrô" ao lado com comidas do mediterrâneo... não era dos mais baratos mas também não era o olho da cara como os demais nos arredores. Resolvi pedir um "assiette de poulet", que a dona me explicou que seria "brochettes" de frango. Claro, esclareceu muito. Sem ainda saber exatamente como seria esse tal frango, pedi mesmo assim. Bom, aí veio no prato: arroz, muita salada, queijo, batatas-fritas e um ESPETINHO de frango... tem coisas que só na prática pra entender mesmo, não dá pra aprender só estudando uma "língua estrangeira"... E foi durante o almoço que, olhando para a rua, fiquei acompanhando um Porsche Carrera 4 simplesmente se aproximando do restaurante e estacionando por ali mesmo, como se fosse um carro popular qualquer. Coisa que é beeem raro de se ver pelo Brasil!

Depois de almoçar, passei pelo comércio local para comprar algumas coisas e ao sair das lojas, percebi que de repente uma chuva fina mas implacável tinha começado a cair. Clima típico de Montréal!

Já à noite, eu precisava ainda fazer minha parte na limpeza semanal da casa: aspirar os tapetes do corredor e da sala. Antes disso, por conta própria resolvi limpar as janelas, que estavam cheias de terra, pó, folhas e teia de aranha e pareciam que não viam um pano de limpeza há 1 ano! Depois de limpar as janelas e prestes a começar a aspirar, o antigo morador do quarto finalmente o desocupou para que eu pudesse entar me mudar. Bom, aí foi mais trabalho e limpeza a se fazer. Mas depois de muita aspiração e esfregação, pude considerar o quarto "apto" a ser "habitado" novamente! Não sem antes colocar as roupas de cama para lavar... ou seja, eu ainda dormi uma última noite na sala! Mas, depois de tantos dias, isso seria apenas um mero detalhe.

O antes...
... e o depois da limpeza da janela!

O sábado aqui começou feio e chuvoso (aquela chuvinha fininha e chata que atrapalha qualquer plano). Fui até o centro com a Caroline mostrar a ela o Da Giovanni, o restaurante aonde almocei quando estava ainda no hotel. Além disso, estávamos atrás de uma loja que vendesse roupa de cama (lençol, edredon, travesseiro, etc), além de uma que tivesse artigos de frio (capas de chuva, parkas, etc).

Assim que almoçamos, indiquei a direção que deveríamos seguir para chegar nos shoppings que queríamos ir. Após uns 15 minutos andando, percebi que não era o caminho por onde eu tinha vindo na semana passada. Quando percebemos, estávamos simplesmente na direção oposta que deveríamos seguir! Trapalhada minha que não poderia faltar, para variar! Bom, pelo menos vimos onde fica a ponte "Golden Gate" de Montréal, o parque La Ronde e a direção do autódromo, pelo barulho dos carros que voavam baixo.

Depois que pegamos o metrô, chegamos no lugar certo e fomos até alguns shoppings (Complexe Les Ailes, La Baie, Eaton Centre...). Lá entramos na Simons, onde compramos os artigos de cama. Depois voltamos para o Montréal Trust e achamos a Winners, que tem uma infinidade de roupas, a um preço até que justo se comparado aos demais. Como não poderia faltar, pelo caminho encontramos alguns turistas brasileiros do Rio pelo caminho!

Para nossa sorte, encontramos muitas promoções pelas lojas aqui, que como no Brasil em certas épocas, fazem promoção conjunta em um shopping. A diferença é que aqui os descontos são em torno de 50 %, 70 %... Outra coisa muito interessante é o fato que torna Montréal mais famosa: os túneis subterrâneos. Aqui são mais de 30 km de túneis subterrâneos que interligam centros comercias e shoppings abaixo do nível das ruas, para abrigar da neve e do inverno rigoroso. Além disso, quase toda estação de metrô tem um shopping que já começa nela. Ou seja, basta pegar o metrô até uma estação adequada e ao descer do trem já é possível entrar em uma galera ou shopping, que estará interligada a outros shoppings por túneis. Com isso, mais de 1700 lojas são interligadas. Por isso, Montréal é conhecida também como a "cidade subterrânea".

Agora à noite, após comprar as coisas, fui convidado para uma festa de despedida de um morador do apartamento de cima que está de mudança. Conheci algumas pessoas, a maioria franceses, mas apenas tentando conversar algumas coisas em inglês. Alguns entendiam, outros não. Ainda irei me comunicar em francês. Até lá, vai ser difícil conhecer as pessoas aqui...

Bom, quarta foi oficialmente o primeiro dia de aula, mas só foi hoje que efetivamente tive aula. E, evidentemente, em francês. Até que consegui acompanhar bem, apesar do sotaque estranho do professor. Ainda bem que havia alguns slides que ajudavam a entender a matéria! Ao sair da aula, comi em uma cantina do prédio, tendo como refeição uma comida que acredito ser meio típica dos canadenses: muita salada (alface, salame, rosbife, creme de atum, creme de outro peixe, maionese com ovo e um tipo de quiche). Pelo preço, estava bom: 12,50 $ o quilo...

A sala M-2004 da Poly.

Hoje seria oficialmente o segundo dia de aula. Entretanto, não houveram aulas por ser um dia de boas-vindas aos calouros pelos veteranos. Por isso, resolvi ficar na minha em casa. A Caroline pediu ajuda então para levar parte de suas coisas para sua nova moradia, próxima do metrô Angrignon. Aí, às 3h da tarde resolvemos levar as tralhas todas para lá, fazendo uma longa jornada de metrô e ônibus: da estação Côte-des-Neiges pra Snowdon, depois para a Lionel-Groux e finalmente para a Angrignon, passando por quase todas as linhas de metrô de Montréal. Chegando lá, ainda precisamos pegar ônibus e chegar na casa. Até que é um lugar agradável e arrumado, com uma moradora canadense, a Donna que não é dona de lá...

No fim do dia, ainda fomos ao Dollarama, que é um tipo de R$ 1,99 daqui, mas com tudo a 1 $. Compramos algumas coisas, fomos no shopping onde fica o Zeller's (um mercado aqui) e na frente dele encontrei uma pechincha: 6 pares de meia por 5 $ e também 3 camisas por 5 $! E era roupa da boa, não era porcaria não!

Saindo de lá, fomos almoçar/jantar (pois eu ainda não havia almoçado) no Blanche Neige, um restaurante bem agradável e gostoso que tem aqui. Comemos até cansar e resolvemos voltar cada um pro seu canto. O tempo aqui começou a virar, com um ventinho meio frio...

A casa onde estou morando!
A vizinhança...
Lateral da casa.
O meu quarto temporário: a sala!
Cozinha.
Os fundos.
O jardim do fundo.
O Spaghetti com "bife" à parmegianna (steak bovino).
O "London Steak"!

Bom, depois de descobrir que não teria mais aula, resolvi ir para casa para poder começar a ajeitar as minhas coisas lá, fazer uma compra, coisa do tipo. Pelo caminho, aproveitei para comer um Spaghetti no Nickel's e deixar espirrar molho de tomate na camisa de dormir... Também durante o almoço fiquei observando as abelhas que tinham por ali (já que almocei do lado de fora do restaurante e do lado oposto da rua havia uma quitanda). Elas são umas 2 vezes maiores que as do Brasil e tem o corpo pintado como se vê nos desenhos: listras amarelas e pretas.

Close de uma abelha nativa daqui do pedaço.

Ao terminar o rango, fui para casa pela Chemin Queen-Mary e passei pelo Oratoire Saint-Joseph: uma espécie de enorme Basílica centenária no alto de uma colina, que permite ter uma vista plena de quase toda Montréal, além do Notre-Dame College em frente. O oratório foi construído no início do século passado como uma capela de fiéis, com as missas dadas pelo irmão André. O que também chama a atenção no lugar é a dimensão do órgão da igreja.

Close de uma abelha nativa daqui do pedaço.
Frente do oratório.
Estátuas da frente do oratório.
O Oratório Saint-Joseph...
... de perto...
... e ainda mais perto!
O Colégio Notre-Dame...
... visto do oratório.
O interior da cúpula.
O órgão que há...
... acima da entrada da cúpula.
O altar.
A capela do irmão André.
A parte inferior da capela...
... e a superior, onde vivia o irmão André.
Vista do oratório saindo da capela.
Outro ângulo.
Vista de Montréal...
... do alto do oratório.
Pelo menos em uma eu tinha que sair!
Aqui consegui captar uma missa que ocorria na hora, antes de um dooooooos truculentos seguranças me pedir educadamente para não tirar fotos, pois era proibido.

Depois de sair do oratório, resolvi comprar algumas coisas para casa (já que até então eu não havia comprado nada) em um mercado próximo. Ao ver os preços dos produtos (principalmente laticínios/queijos), fiquei espantando com o alto preço. Aqui até carne bovina ou frango é mais barato até do que presunto! Os famosos cookies também são produtos comuns e tradicionais, portanto, relativamente baratos. À noite, ao comer, conversei um pouco mais com o Damien e sua namorada, que estavam preparando seu jantar, e, posteriormente, com Cristophe, o outro morador.

Um detalhe importante nas trapalhadas foi: antes de jantar, eu havia voltado do mercado e tinha comprado sabão para lavar roupa (que aqui é líquido, diferentemente do sabão em pó no Brasil). Coloquei finalmente minhas roupas para lavar (pois não tinha mais nenhuma, nem para remédio) e, depois de terminada a lavagem, resolvi estender no varal (aqui tem máquina de lavar e secadora, mas são muuuuito antigas; entretanto, resolvi estender a roupa para que não ficassem tão amarrotadas ao saírem da secadora). Quando as roupas secaram, fui sentir o cheiro delas para ver se estavam com um pouco da essência do sabão. Estranhei, pois não tinham cheiro algum. Foi quando percebi, que tinha colocado as roupas para lavar e não tinha colocado sabão na máquina...

A nova casa à noite.

Hoje foi o primeiro dia que dormi na nova moradia, encontrada depois de muito custo (depois de bancar o andarilho, ficar com calo e bolhas nos pés, telefonar muito, mandar N e-mails). Entretanto, apenas irei dormir no meu quarto a partir de 1º de setembro (que é quando o antigo morador sai). Pois é. Por enquanto, para aliviar minhas diárias sucessivas no hotel, a dona do lugar concordou que eu dormisse na sala. E ainda tem um detalhe: estou tendo que usar como travesseiro uma blusa e uma pilha de roupa suja minha, cobertas com uma fronha que (ainda bem) trouxe. Se estivesse me cobrindo com um jornal e usando uma camisa do Corinthians, ficaria bem parecido com um mendigo em banco de praça!!! Maaas, pelo menos não estou mais pagando os 50 e poucos dólares de diária.

Ah! E hoje também foi o 1º dia das aulas na Poly. Como sempre, foi muito penoso, mas com muita coragem eu nem chorei! Acordei cedo, já desanimado (pois o tempo estava nublado e ventando muito por aqui), tomei banho, olhei o horário na Web e saí de casa para pegar o metrô, junto com Damien, um francês maneiro do quarto ao lado. Para também começar bem o dia, eu estive até agora sem conseguir lavar minhas roupas, então a única camisa limpa que me sobrou é uma camisa de dormir, com a qual fui para a universidade... fazer o quê, né?

Como não podia faltar uma trapalhada, chegando na universidade eu me dirigi até a sala onde seria a aula (um laboratório, na verdade), já estranhando a falta de pessoas pelo caminho. Cheguei até um ponto onde era necessário o cartão do aluno (que eu ainda não tenho). Em poucos instantes, passou alguém que abriu a porta com o próprio cartão e eu aproveitei para entrar "no vácuo". Quando cheguei no lab., estranhei, pois estava vazio (eram 8h20 e a aula seria 8h30). Entrei, dei uma olhada e um aluno que estava lá percebeu que eu estava um pouco "perdido" e acabou explicando que hoje não teria essa aula... ou seja, manhã perdida para mim!

Agora, estou num lab. de informática revendo minhas matérias, horários e selecionando algumas para cancelar inscrição, pois tomam uma boa parte do meu tempo e são equivalente a matérias que já cursei na UNICAMP.

Este seria o último dia no hotel e o primeiro na nova casa, mesmo que ainda tivesse que ser na sala até o dia 1º de setembro. Ainda assim, melhor do que pagar absurdos 60 $ no hotel todos os dias. Logo cedo, juntei minhas coisas (na mochilona com 10 kg e a mala de viagem com mais de 20 kg) e com muito esforço fui até a estação de metrô mais próxima do hotel e segui até a estação Côte-des-Neiges, onde iria até o apartamento onde Caroline mora para deixar as minhas coisas durante o dia, pois teria palestras o dia todo na Poly.

Depois de guardar lá minhas coisas, fui para a universidade assistir as palestras de orientação, junto com os 99,999% de alunos franceses de intercâmbio. No almoço, percebi a tradição que eles mantém de comer um pedaço de queijo (no dia, Chedar) entre o prato principal e a sobremesa. E o Chedar daqui é diferente daquele do Brasil, pois não é tão molenga, é como um queijo prato.

Fim da palestra, peguei minhas coisas e fui com a Caroline até a casa onde ficaria, onde a dona já devia estar me esperando. Chegamos, descarreguei minhas coisas finalmente na sala, olhamos um pouco mais da casa e fomos andar pela avenida próxima daqui (Chemin Queen Mary) para conhecer o comércio local. É um lugar bem calmo e com bastante comércio, além de uma estação de metrô onde se cruzam 2 linhas (azul e laranja) — Snowdon.

Mais à noite, consegui conhecer os moradores da casa (Damien, que já havia conhecido) e Cristophe, um franco-equatoriano que já mora aqui há tempos. A princípio, achei ambos bem legais e amistosos. Creio que será ao mesmo tempo parecido e diferente da experiência em S. José dos Campos, na pensão da Zuleide...

Segunda-feira cedo eu me encontrei com o pessoal de Vitória (Mônica, Marlene e Selma) para andarmos mais um pouco por outros pontos da cidade e tirarmos mais um zilhão de fotos. Andamos em outra direção no centro, passamos por algumas ruas antes desconhecidas, shoppings diferentes (Complexe Desjardins, La Baie e outros) e pontos ainda não vistos. Chegamos até a Catedral de Notre Dame outra vez, mas como eu estava com o horário comprometido, precisei me dirigir até a universidade maaaais uma vez, pois era o dia de acertar os assuntos de documentação para o início das aulas.

O chafariz de um...
... dos shoppings do centro de Montréal, o Complexe Desjardins...
... que mandava um jato d'água até o alto do complexo.
2009-08-24 - v01 - Chafariz no Shopping Complexe Desjardins
Lado de fora do shopping.
Lateral do shopping, ao lado da UQàM.

Prédios encontrados no caminho até a Catedral de Notre-Dame:

O Porsche que flagrei na rua.

Na secretaria da Poly, o número de chamada (senha) era em torno do 200 e a senha que peguei era 266... Seria um booom tempo a esperar. Sentei e aguardei até a minha vez. Quando chegou (em torno de meia-hora depois, algo assim), a atendente informou que como eu era aluno estrangeiro, devia me dirigir a outro setor. Ainda disse que haviam me dito para ir até ali, mas a única coisa que ela pôde me dizer foi "I'm so sorry!"... Sem outro jeito, fui até o referido setor e conversei com uma senhora, que acertou minha documentação e, depois de ouvir o meu "drama" na secretaria, foi comigo até lá e fez uma das atendentes me atender na mesma hora! Isso foi bom, porque demonstrou atenção e responsabilidade. No Brasil, acho que seria um pouco difícil disso acontecer, ainda mais na DAC da UNICAMP... Aí, paguei meu seguro-saúde e fui para uma outra fila, para que tirassem cópias de meus documentos e tal.

Ao sair da universidade, já umas 6h da tarde, fui "almoçar" com a Caroline, num restaurante chamado Blache Neige (Branca de Neve). Lá, depois de certa dificuldade para escolher (e entender os nomes), pedimos um London Steak: uma refeição que tinha como "antepasto" uma tigelinha de sopa (uma espécie de canja de galinha), depois o prato principal (com 3 bifes grandes e generosos, muita batata-frita — que mais tinha gosto de mandioca frita —, arroz e uma salada de alface muito bem temperada). No fim, veio a sobremesa (ou gelatina ou o que escolhi, um pudim de arroz, que nada mais é do que o tradicional arroz-doce brasileiro, só que gelado, em uma taça). Eu ainda tinha direito a chá ou café, mas não pedi. Tudo isso por 9,50 $. E ainda acabou que o suco que pedi veio de graça na conta! E também a garçonete Julie foi muito simpática e conversou sobre o Brasil e lugares do mundo com a gente.

Bom, no domingo como não tinha muito o que fazer, fiquei basicamente o dia todo trancado no hotel, estudando algumas coisas, modificando o blog, vendo as fotos, etc. Não sobrou muito o que contar. Apenas à noite, que fui jantar no Da Giovanni outra vez, para outra vez comer Spaghetti à Bolognesa, fui surpreendido por um chuvão, que me fez ficar um bom tempo lá dentro até que ela diminuísse e eu pudesse andar 1 quarteirão apenas sem me molhar muito.

Depois de sair da minha nova morada, voltei para o metrô Snowdon e voltei para o centro da cidade. Desci na estação McGill e resolvi almoçar/jantar em um restaurante ali por perto, já que eram umas 18h e eu estava roxo de fome. Entrei então no Chez Guido & Angelina, um restaurante tipo italiano ou algo do tipo. Pedi uma lasagna bolognesa a um preço caríssimo (como todos os outros lugares ali por perto) mas fiquei plenamente satisfeito com o prato e atendimento.

O maior iPod do mundo no shopping da estação McGill! Hahaha, não, não era um iPod, era só um indicador no mapa do shopping!
Electronic Arts Montréal.
La Cathédrale Christ Church.

Saindo do restaurante, passei em uma loja de eletrônicos em geral, para conhecer os preços da muamba aqui. Passando pelo setor de iPods, vi um homem e uma mulher discutindo sobre um iPod Touch. Aí comecei a conversar com eles, e descobri que Hélder e Mônica eram 2 brasileiros de Vitória/ES que vieram para cá visitar um pedaço do Canadá, junto com mais alguns amigos. Saindo da loja, atravessamos a rua e encontramos o resto da turma na igreja Cathédrale Christ Church: Marlene, Selma e a esposa de Hélder, Iesde. São brasileiros muitos simpáticos que, assim como eu, ficaram impressionados com a beleza da cidade. Convidaram-me para andar pela cidade junto com eles e, como já havia encontrado minha moradia, resolvi ir junto. Visitamos inúmeros pontos espalhados por Montréal, como o Marché Bonsecours, a Basilique de Notre-Dame de Montréal (onde infelizmente não pudemos entrar, já que o horário de visitação já havia se encerrado), as proximidades do porto, a Place Saint-Jacques, etc. Sempre animados e divertidos, pouco reclamavam do cansaço ou do calor que fazia.

Flagra de uma limousine no trânsito.
O pessoal de Vitória: (partindo do alto, no sentido horário) Selma, Mônica, Helder, Iesde e Marlene.

A seguir, fotos da Catedral de Notre-Dame:

2009-08-22 - v09 - La Basilique Notre-Dame de Montréal

Outras fotos da Catedral, retiradas da Internet, que mostram inclusive o belo interior:

Este é um prédio na rua da Catedral; é algo do governo (côrte de justiça se não me engano).
Outro prédio do governo.
A Place Jacques-Cartier, que atrai muitos turistas e tem diversas atividades culturais.
Um prédio histórico que irá se tornar um hotel.
Vista do Marché Bonsecours.
O Marché Bonsecours...
... mais de perto.
Igreja ao lado do M. Bonsecours (capela Notre-Dame-de-Bonsecours).
Marché Bonsecours visto de trás.
La Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours (Musée Marguerite Bourgeois), vista por um outro lado.

No fim da noite, resolvemos passar na rue Sainte-Catherine para comer alguma coisa. Chegando na tal rua, uma bela canadense me parou e pediu uma caneta... logo estranhei e perguntei se era para dar o seu telefone... mas, para acrescentar mais um "fora" do dia, era apenas para escrever um bilhete para alguém... doh! Enfim... comemos, conversamos, demos risada e no fim fomos para o hotel, sendo que eles estavam num bem em frente ao meu, para maior coincidência ainda!