Nesse dia, eu mais uma vez fui até o bairro da universidade para continuar minha caçada à moradia. Mas foi um dia diferente. Eu diria quase-trágico. Bom, primeiro que o dia já começou nublado. O céu aqui estava branco e com um pouco de vento. Ainda assim, peguei ainda quando estava no hotel alguns números de telefone e endereços de apartamentos para visitar.

Veteranos e bichos da Poly numa gincana

Logo após o almoço, iniciei minha peregrinação. Desci na estação de metrô da universidade e fui até o primeiro apartamento. Entretanto, até encontrá-lo, dei uma volta fenomenal pelo bairro (já que as ruas aqui podem chegar num "beco sem saída" e recomeçar do outro lado com o mesmo nome). De início, comecei não gostando do que via, pois parecia aqueles bairros americanos de negros e latinos, os famosos "guetos". Porém, conforme fui acertando o caminho, esta parte foi ficando bem para trás, sobrando apenas um bairro e ruas arrumadas e tranquilas. Bem, aí finalmente acertei o caminho e encontrei a proprietária (chamada Maria) na porta do edifício. Este era pequeno, com cerca de uns 3 andares apenas. O quarto que fui ver estava sendo alugado por 450 $, mas ainda teria que dividir o apartamento com mais 2 pessoas. O apartamento não era grandes coisas e tinha portas e janelas muito velhas e um banheiro apertado e com manutenção ainda por fazer.

Assim, saí do apartamento e fui andar para ligar para outros inquilinos. Entretanto, ao sair vi que estava chovendo e não era uma chuvinha passageira não. Era uma chuva fina mas bem constante que atrapalhou todos os meus planos. Como eu não tinha guarda-chuvas e tampouco poderia parar, precisei ir em frente, debaixo de chuva mesmo (além disso, guarda-chuva aqui não se encontra por menos de 10 $, quase R$ 20... um absurdo). Liguei para outro dono de apartamento e marquei de visitar às 14h30. Até dar esse horário, mesmo com chuva no lombo e os pés machucados, precisei continuar andando e vendo as casas, placas, telefones, etc, etc. Dei voltas e mais voltas pelas ruas, olhando tudo ao redor, sem encontrar nada que viesse ao caso. Ao dar as 14h30, fui até o local combinado com o homem do telefone. Por coincidência, o prédio onde ficava o apartamento era bem ao lado do que havia visto há poucas horas antes. Porém, este não me interessou, pois era um apartamento inteiro a ser alugado e não-mobiliado. O dono, camaronense, começou a falar sobre sua paixão pelo futebol brasileiro e se mostrou bem amigável. Porém, ainda assim, o imóvel não me servia.

Saindo desse outro prédio, com a chuva ainda constante, liguei para outros donos de imóveis. Com um deles, alugando um 1 ½, marquei para visitar às 17h30 e com o outro às 18h. Ambos eram razoavelmente próximos da universidade (em torno de 15 min a pé). O primeiro desses era no porão de uma casa onde morava um cara com sua mãe, já idosa. Por ser um 1 ½ era apertado, mas o que me fez desistir da idéia foi que era caro (550 $) e estava todo bagunçado, com móveis fora do lugar e artigos que pareciam de reforma (como escada de madeira, lona plástica estendida). Depois disso, rumei para o segundo, numa rua chamada Ridgewood que dava de frente para o cemitério. Ficava numa rua bonita e cheia de prédios de tijolinhos e bem arborizada. O prédio onde eu tinha que ir era um como a maioria dos outros e o apartamento ficava no último andar (4 º andar). Subi pelas escadas porque o elevador, por ser antigo, não me inspirou muita confiança. Algo que reparei é que, como o custo de um serviço por aqui é elevado, os prédios não possuem porteiro. Bem, já chegando no apartamento, quem me atendeu foi a esposa do cidadão que disse que estaria lá para me receber. E o ruim é que a mulher só falava francês, nada de inglês. Tive que me virar de tudo quanto foi jeito. Ela mostrou o quarto onde eu ficaria e os cômodos, explicando que eu dividiria o apto. com mais uma garota, alemã, e com ela e seu marido. A aparência era pouco melhor que os anteriores, mas ainda assim esse apto. não me agradava em nada. Ainda mais depois que ela explicou que as pessoas deveriam dividir as tarefas lá e tal (na verdade, a alemã e eu, pois ela tirou o próprio corpo fora, dizendo que ficava lá poucas horas no dia) e no fim da conversa fechou as gavetas dos cômodos da cozinha com nada menos do que uma joelhada! Não preciso nem dizer que descartei essa oportunidade...

Depois desse fiasco, passei no Subway, comi um sanduíche (depois de ter que batalhar de novo pra fazer o pedido em francês), pois ainda não tinha almoçado, e fui para o metrô. Chegando na estação, encontrei a Caroline e Adriano, um outro brasileiro que está por aqui. Eles me convidaram então para ir na festa de aniversário de um outro rapaz do Brasil que veio para Montréal junto com eles, em um bairro do subúrbio chamado Kirkland. Aceitei o convite, mas ainda assim precisava antes voltar para o hotel no centro, tomar um banho, trocar-me e econtrá-los na estação Côte-Vertu.

Na citada estação de metrô, já umas 21h, pegamos um ônibus para uma estação de ônibus em um lugar chamado Fairville, onde o aniversariante Bruno nos pegaria de carro. Quando chegamos, logo ele chegou e nos levou até a casa de sua irmã Paula, que já mora aqui há 10 anos. Ficamos impressionados com o nível das casas de Kirkland, que são como as casas americanos que vemos nos filmes: gramado largo na frente da casa, casas largas e com 2 andares, garagens espaçosas para 2 ou 3 carros, vizinhança silenciosa e tranquila... Simplesmente, um bairro de milionários de Montréal (pois o imóvel na região é caríssimo). Assim, os familiares do aniversariante nos receberam muito bem, foram receptivos, atenciosos e muito prestativos, oferecendo tudo que precisássemos. Depois de comer, conversar e até pular na piscina (aquecida), terminamos por dormir na casa mesmo, pois já era tarde quando acabou a festa.

Na quarta-feira eu resolvi fazer os contatos telefônicos e por e-mail através do Skype e, caso necessário, de um telefone público mais próximo. Procurei mais uma vez na Web os inúmeros anúncios de "vagas em apartamento", "apartamentos a alugar" e coisas do gênero. No meio da tarde, a Caroline resolveu me convidar para almoçarmos em uma lanchonete mais barata perto de uma estação de metrô que não lembro agora qual era. Comi um tipo de "enrolado de atum" e tomei um suco de laranja, o que saciou minha fome, por ora (suco que aqui é tudo Tang engarrafado). Por falar em comer, outra coisa que notei: aqui o povo tem um hábito comum de comer carne de frango, atum ou outros peixes, muita salada, suco de laranja ou de maçã (não é facil encontrar outro sabor de suco), um pãozinho para complementar o almoço e alguma fruta (em geral, maçã).

Olha a lata velha que vi andando pela rua...

Depois disso, fomos ate a estação de metro Vendôme para que ela pudesse também olhar um "apertamento" que havia visto na Internet. Mas também não era lá essas coisas, tinha um aspecto de velho (como a maioria das residências por aqui) e um pouco caro para sua localização e estado.

Depois que ela voltou para o apartamento onde ainda está morando, voltei para o hotel. Pelo caminho, quase chegando lá, passei numa pizzaria para comer algumas fatias de pizza. Porém, a pizza aqui não é nada parecida com a do Brasil: ela é mais massa do que outra coisa, parece que não são todas que tem aquela cobertura básica de Mussarela. É meio estranha, massuda, seca e sem tanto sabor. Nada se comparada com a do Cibb Pizzas. Depois de chegar no hotel, acessei a Internet para tentar encontrar mais alguma coisa de moradia. Até então, nada de contatos com sucesso.

Hoje eu resolvi acordar cedo para dar uma ida até Côte-des-Neiges Northeast, onde fica a Université de Montréal, para dar uma olhada nas moradias, pegar telefones, etc. Apos percorrer 2 linhas de metrô diferentes, cheguei até a Boulevard Édouard-Montpetit. Andei um bom tempo durante minha tarde livre, percorrendo as avenidas e ruas tranquilas e arborizadas do bairro. As casas aqui da região tem aspecto antigo, algumas com mais de cem anos, com paredes externas de pedra e com uma escadinha que já dá acesso à porta da sala. Após muita andada, resolvi ir até a Poly para acessar a Internet nos computadores destinados à procura de alojamento para os ingressantes. E-mails enviados, dólares de ligações telefônicas realizadas, páginas e mais páginas acessadas, consegui visitar um apartamento com quarto disponivel, no 3965 Édouard-Montpetit. O apartamento era ocupado por 4 pessoas, e dentre elas a Caroline, uma brasileira de Recife que veio para cá há poucas semanas como imigrante para estudar a língua francesa. Ela então tornou-se uma grande amiga que me ajuda e dá dicas sobre transporte, alimentação, atrações turísticas de Montréal, etc. Com uma de suas dicas, logo ao sair do apartamento onde mora, já passei no Couche-Tard (uma das inúmeras lojas de conveniência que se encontra por aqui) e comprei 2 cart~ees telefônicos: um internacional e outro local, cada um por 5 $. Isso me permitiu reduzir muito meus custos de ligação para os donos de imóveis e para o Brasil (agora, o custo de ligação local ou até mesmo para o Brasil é algo em torno de 5 ¢ mais o custo do uso do aparelho público, se for o caso; antes, era 50 ¢ para cada ligação local). É um esquema interessante de cartão telefônico, para fazer concorrência às cias. telefonicas: voce compra o cartão, disca para um certo número indicado no verso (a partir de "orelhão", fixo, celular) e ao ser solicitado, insere o código do cartao (que deve ser raspado também no verso, como um cartão pré-pago da Vivo no Brasil). Ao digitar esse código (ou PIN), o sistema possibilita fazer as chamadas que quiser, sendo debitadas do cartão associado àquele número raspado. Deveria haver no Brasil!

L'Université de Montréal, vista de cima
Rampa de acesso à Poly
Vista de Montréal...
... do alto da Poly.
Visão geral...
... do prédio principal...
... e dos demais da UdM.
Às vezes os canadenses parecem ser um pouco exagerados na sinalização de trânsito... nos arredores da universidade.
Só um dos N Porsches que vejo por aqui...

Depois da visita, voltei para o centro da cidade em torno de umas 8h, na estação de metrô McGill, que fica logo abaixo da renomada universidade. Resolvi dar uma andada pelo Eaton Centre, um dos inúmeros shoppings espalhados pela cidade. Com diversos andares, possui boutiques, kiosks de celular, lojas de souvenirs... ou seja, tem loja para todos os gostos. Ao sair, resolvi almoçar/jantar (sim, pois não havia almoçado ainda por falta de tempo) em uma lanchonete na rue Ste.-Catherine, chamada Nickel's. É um lugar com visual de anos 50 dos EUA, com quadros de artistas como Elvis, Marylin Monroe, Judy Garland... Resolvi pedir o sanduíche mais simples de se saber o que contém: um sanduba de frango. Mais fácil, impossível! Bom, e não é que veio diferente do que imaginei??? Precedido por uma sopa e um copo d'água com gelo (como a maioria das lanchonetes e restaurantes por aqui fazem), veio um prato com batatas-fritas, molhos e... uma coxa + sobrecoxa de frango frito em cima de uma fatia de pão de hamburger!!! E o sanduíche? Bom, de qualquer forma, veio bem servido, estava bem gostoso e satisfez minha fome homérica. Além do mais, comparado aos preços das refeições por aqui, estava com um preço justo (por volta de 9 $).

Na volta para casa, a umas 2 estações de metro de distância, resolvi ir a pé pela Ste.-Catherine para conhecer melhor a cidade, os pontos turísticos, as pessoas, os demais turistas (pois naquela rua a quantidade de turistas é enorme)... E o melhor: a segurança que a cidade fornece, com as ruas limpas (sempre é possivel se ver uma viatura de limpeza com um 'esfregão' varrendo a rua), sem mendigos (e os que existem por aqui não são maltrapilhos e tampouco ficam agarrando o transeunte) e sem ninguém para importunar o passeio ou ficar de olho no seu relógio, carteira, câmera fotográfica, iPod ou o que for.

Prédio da Université de Québec à Montréal
O Hyatt Hotel, no centro. Não, não era nesse que eu estava...

Outro aspecto que estava reparando aqui em Montréal é sobre o comércio. Aqui o comércio nas ruas (lojas em geral) ficam abertas das 9 h até as 21 h durante a semana e os restaurantes e lanchonetes até umas 23 h. Ou seja, é uma diferenca graaande em relação ao Brasil, onde o comércio fecha 17 ou 18 h, dependendo do lugar. Ao andar pelo centro eu pude visitar lojas de celulares (que definitivamente não são baratos nem para os canadenses: custam em média de 200 a 250 $), lojas de roupas, etc. Tudo por volta das 21 h. Outra coisa é sobre a rede de estabelecimentos alimentícios. Aqui em Montréal cada canto que se vai é possivel encontrar uma lanchonete, restaurante, bar, café, bistrô... ou seja, só passa fome mesmo quem nao tiver um centavo furado! E o melhor de tudo eh que são todos muito limpos e organizados e com um bom atendimento (atendentes sorridentes e prestativos, ao contrário de muitos lugares no Brasil); entretanto, muitas vezes também com um banheiro que deixa muito a desejar...

Cheguei tranquilamente no hotel em torno de 23h, depois de um dia de ligações, andadas, decepções (pois nem todos para quem eu ligava atendia o telefone ou tinham ainda vaga no apartamento) e muitas fotos tiradas! Algo que eu precisei também fotografar é o chiclete Trident que vendem por aqui. São vendidos em caixinhas com 14 chicletes de um tamanho razoável (maiores do que aqueles míseros 5 que vem no pacotinho no Brasil), e custam 1 dólar e poucos.

O estilo da caixinha...
... e o tamanho dos chicletes, com uma referência de escala.

Outra coisa que achei engraçada foi o sabonete que ofereciam no Hotel...

Lisa - Luxury Soap...

Depois de algumas horas, deixei o hotel e resolvi ir até a Université de Montréal para conhecer um pouco mais do local e da cidade em si. O dia estava bem quente, abafado (em torno de uns 34° C, mas com sensação térmica ainda maior devido à alta umidade do ar), mas ainda assim saí de calça jeans, pois não sabia como o tempo poderia mudar aqui.

L'Université de Montréal

Desta forma, andei até a estação de metrô Berri-UQàM e segui até a universidade. Chegando lá, subi uma rua na forma de uma rampa de acesso até o alto da colina onde ela ficava, debaixo de um sol escaldante. De certa forma, encontrei facilmente a entrada principal da École Polytechnique.

mais L'Université de Montréal...
Outro prédio.

Depois de algumas voltas por dentro e fora da escola politécnica (que me deixou impressionado com tamanha organização, limpeza e ordem), fui andar pelo bairro e arredores da famosa Boulevard Édouard-Montpetit. Ao observar as ruas, o trânsito, as pessoas e casas, enfim, o ambiente como um todo, pude notar algumas características daqui e ter as primeiras reais impressões:

Maquete da universidade.
  • Nas ruas, os motoristas tem extremo zelo pelos pedestres e os esperam terminar sua travessia pela rua (conquanto que o sinal para pedestres esteja verde); às vezes, há um excesso de sinalização nas ruas, conforme pode-se perceber na foto;
  • Uma impaciência no trânsito foi notada: se um carro demora uns 3 segundos para começar a andar a partir de um sinal verde, o carro de trás já logo buzina;
  • As pessoas daqui, sejam nativas ou de origem estrangeira, são prestativas e receptivas;
  • Em ambientes públicos, como metrô e universidade, é praticamente impossível de se encontrar um bebedouro (na verdade, até hoje encontrei apenas 3, depois de tanto andar: todos os 3 espalhados pela École Polytechnique Montréal). Em contrapartida, ao se sentar em um restaurante ou lanchonete e fazer o pedido, a primeira coisa que um garçom faz é servir um grande copo d’água bem gelada, com direito até a gelo (e gratuitamente!);
  • Também em ambientes públicos o cuidado e preocupação com a higiene é intenso, e quase todos oferecem dispensadores de higienizador (como aqueles encontrados em banheiros de shoppings, só que sem o sabonete líquido), com uma espuma ou gel para se aplicar nas mãos e esfregar.
  • Outra coisa relacionada com a moradia: aqui, os imóveis são classificados em números. Por exemplo, há apartamentos 1 ½, 2 ½, 3 ½, 4 ½, 5 ½, 6 ½ e assim por diante. Isto quer dizer que o apartamento pode ser apenas quarto e banheiro (1 ½), quarto + cozinha + banheiro (2 ½), quarto + cozinha + sala + banheiro (3 ½, a tradicional "kitnet" no Brasil), e por aí vai.

Além disso, a quantidade de carros inéditos no Brasil circulando pelas ruas é incrível, bem como os carros de luxo: aqui é extremamente comum se ver nas ruas Mercedes, BMWs, Audis, Mustangs, Pontiacs, Porsches... até Dodge Viper eu já vi!

E mais: nos jardins gramados das frentes das casas, ao invés de cães ou gatos é comum encontrar-se esquilos andando de um lado a outro, carregando alguma fruta. Nem nas árvores é comum de se ver pardais, bem-te-vis, sabiás ou outras árvores que vemos comumente no Brasil. Ao invés disso, tem andorinhas e corvos (estes fazem um barulho exatamente iguais aos de filme de terror, sempre dentro de um cemitério mal-assombrado).

No fim do dia, passei pelo centro da cidade para comer, proximo à estacão McGill e depois de uma certa andada resolvi comer em um lugar que seria certeiro, não haveria surpresas: o Burger King...

A seguir, uma série de fotos de Côte-des-Neiges Northeast, onde fica a Université de Montréal e a École Polytechnique Montréal:

Um dos inúmeros casarões que há na região (este fica no acesso à universidade).
Vista da Boulevard Édouard-Montpetit, em frente à universidade.
CEPSUM, setor de esportes da UdM.
Algum prédio da UdM.
Esquilo no jardim da frente de alguma casa.
Outra casa típica.
Mais algumas...
... fotos das ruas da região.
Vista da Église Saint-Germain, na 28 Avenue Vincent-d'Indy / coin Côte-Sainte-Catherine.
Detalhe das folhas de uma "Maple Tree", que são o símbolo na bandeira do Canadá.
Mais fotos de...
... alguns "pequenos" casebres...
... próximos à universidade.

As próximas são no centro da cidade, que mostram apenas alguns dos inúmeros pontos turísticos:

La Cathédrale Christ Church, au 635, rue Sainte-Catherine Ouest.

Esta igreja está localizada em cima da Estação de Metrô McGill. Quando foi construída, as escavações do metrô foram realizadas sem que a igreja tivesse que ser demolida ou que mesmo sofresse algum tipo de abalo estrutural. Ao realizarem a obra, a igreja ficou sustentada acima do túnel do metrô através de estacas e plataformas. Fotos ainda por vir!

Mais fotos da...
... igreja.
Square Philips, no centro de Montréal.
Um flagra de um Porsche Cayenne, paradão na rua como muitos outros Porsches que são comum de se ver por aqui.
Um dos inúmeros prédios do centro, cada um com uma incrível arquitetura.
A rue Sainte-Catherine à noite.
Rede de metrô.

2009-08-17 - v08 - Aterrissagem em Montréal

Chegando no P.-E.-Trudeau às 08h35, hora local, rapidamente peguei minha mala e procurei alguma lanchonete para poder trocar meu dinheiro (pois eu tinha apenas notas de CA$ 100). Entretanto, não consegui encontrar estabelecimento algum que pudesse ter troco para CA$ 100 sem resmungar. Então, fui até a casa de câmbio para trocar. Chegando lá, a mulher ficou irritada como se eu tivesse dito uma ofensa para ela. Ou seja, as primeiras impressões de Montréal já não foram lá essas coisas. Sendo assim, resolvi vender uns US$ 50 para que pudesse obter algumas notas trocadas de CA$. Assim feito, ainda precisava encontrar uma Lan House no aeroporto (coisa que no Brasil encontra-se a cada esquina), a fim de que eu buscasse na Internet algum hotel para ficar. Para meu desapontamento, a única coisa mais parecida com uma Lan House era uma cabine de Internet da cia. telefônica Bell, que cobrava exorbitantes 2 $ por 10 min de utilização. Como eu realmente precisava do serviço, tive que pagar sem poder pestanejar.

Após uma meia-hora de procura, encontrei um hotel com uma boa relação custo-benefício no centro da cidade, mais precisamente na rua Saint-Hubert. Assim, peguei um táxi que me levou até a tal rua, ao custo módico de 40 $. Chegando na St.-Hubert, percebi que se tratava de uma rua só de hotéis, um ao lado do outro. Resolvi então ficar em um do lado oposto da rua em relação ao que eu havia encontrado na Internet, por uma questão de praticidade ao sair do táxi, já que aparentavam ter o mesmo preço. Pelo que pude perceber, os hotéis da região são todos classificados em estrelas de acordo com um órgão certificador municipal, criando uma padronização e identificação dos mesmos, evitando desagradáveis surpresas. Assim como alguns outros, o hotel que fiquei era dirigido por um grupo de cidadãos de origem indiana, árabe e marroquina. Seu sotaque ao falar inglês torna toda a conversação mais complicada de se entender. O quarto até que não era ruim, com ar-condicionado (no calor que faz aqui torna o ambiente bem mais agradável), água-quente, TV, Internet, telefone, frigobar... até que para um 2 estrelas foi razoável! Assim que fiz o check-in, entrei no quarto, deixei minhas coisas, liguei para o Brasil para avisar o pessoal que eu estava bem e que o avião não havia caído...

Ao desembarcar em Toronto (umas 5h30, horário local), passamos pelo corredores e lounges do Pearson Intl. Airport, onde tirei fotos da primeira coisa diferente do Brasil: as “mini-viaturas” dos policiais, como se fossem bigas motorizadas para vigilância no aeroporto. O primeiro lugar pra onde fomos foi a seção com agentes do aeroporto, que nos encaminharam ao depto. de imigração. Chegando lá, até que estava vazio e fui entrevistado logo. O funcionário apenas me perguntou quanto tempo ficarei aqui, onde estudarei e coisas do tipo.

2009-08-17 - v01 - Aterrissagem em Toronto Pearson Intl. Airport
As "viaturas" dos policiais

Saindo do depto., fui procurar a esteira onde estaria a minha mala. Ao pegá-la, fui pedir informações sobre onde deveria me encaminhar para a conexão. Bom, no balcão de informações tinha uns funcionários indianos com um sotaque sofrível de inglês, que diziam “Don’t waste yourrr time! Go! Go!”... hehehe. Aí então me dirigi para o portão de embarque para vôos domésticos até chegar no ponto de coleta da mala grande. Na entrada, a bendita funcionária também falava como se tivesse uma batata-quente na boca e não entendi patavinas do que ela dizia. Passei pela porta e deixei a mala na esteira, como os outros passageiros. Aí, um funcionário do aeroporto super-educado pegou as nossas malas e virou para baixo numa ignorância só, avisando: “as rodas tem que estar para cima!!!”. Até me senti no Brasil!

Esteiras do Pearson Intl. Airport, Toronto

Bem, passado este incômodo me dirigi à revista de pertences. Após ficar na fila gigantesca uns 5 minutos (isso já eram 6h30, e o embarque era 6h55) me dei conta de que eu não podia carregar desodorantes spray com mais de 100 ml na mochila. Aí saí da fila, passei no balcão e perguntei ao outro indiano se eu poderia carregar, mesmo que estivesse já acabando o desodorante. Como ele negou, eu tive que me desfazer do meu Rexona (ainda bem que tinha outro, na outra mala). Voltei pra fila, ainda maior, passei pelo detector de metais e fiquei esperando pelo embarque do vôo com destino a Montréal.

Visão da parte externa...
...do Pearson Intl. Airport

Ao entrar no avião, tirei mais algumas fotos e esperei a decolagem, com direito a mais uma filmagem, que ocorreu em torno de 7h30.

Dentro do avião.
2009-08-17 - v02 - Carregamento da bagagem no avião para Montréal
2009-08-17 - v03 - Preparação para decolagem rumo a Montréal - 1
2009-08-17 - v04 - Preparação para decolagem rumo a Montréal - 2
2009-08-17 - v05 - Decolagem do Airbus A320
Ao voar, as cidades...
lá embaixo vão ficando menores...
... e menores!
2009-08-17 - v06 - Durante o segundo voo - 1
2009-08-17 - v07 - Durante o segundo voo 2

Chegando em Montréal por volta de 8h35, ao esperar os passageiros levantarem e a tripulação permitir a saída, fiquei observando os operadores de bagagem descarregarem os containers de bagagem, bem como o “cuidado” que tem com as malas dos passageiros: estas simplesmente eram arremessadas em direção a outro container. Deve ter sido numa brincadeira destas que o suporte inferior de minha mala (de plástico) foi quebrado. Não é mole...

Desta vez, até as nuvens ficaram lá em baixo!